O que eu posso fazer para ser mais criativo?

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Alguns dias atrás conversando com amigos do trabalho nos divertíamos falando sobre os programas que exploram talentos infantis na televisão brasileira. Falávamos entre nós: “… Nossa como essas crianças são talentosas!”… e terminamos dizendo que nós fomos crianças sem talentos. Findado o assunto, que foi na verdade uma brincadeira, me peguei pensando sobre o processo criativo e compartilho com vocês um texto sobre criatividade.

Psicologicamente a criatividade é interpretada de duas formas: A primeira entende que ela é uma junção dos resultados cognitivos, de temperamento, caráter e motivação, logo, vista como um marco integrado da personalidade. A segunda forma defende que a criatividade é característica comum em todo ser humano, logo, todas as pessoas seriam criativas por natureza. Eu me simpatizo mais com a segunda teoria, pois acredito que a criatividade é natural, mas pode deixar de ser desenvolvida com o passar do tempo e neste texto me posiciono desta forma.

Socialmente somos condicionados e acostumados a seguir padrões de comportamentos e atividades que nos limitam criativamente. Isso acaba por impactar em nossas atribuições, desempenho e vida psíquica, logo, encontrar pessoas criativas na população em geral tem sido cada dia mais incomum. Todavia, algo precisa ficar claro para você: “todo ser humano é criativo”. A criação faz parte de nós, forma o que somos psiquicamente e como seres desenvolvidos.

Desde criança nos acostumamos a criar e isso é muito natural em nós, porque faz parte da nossa natureza. Um fator que prova isso é que quando criança gostamos muito de desenhos e eles têm um sentido importantíssimo no processo de desenvolvimento, uma vez que, a criança formula ideias através de imagens já que seu vocabulário não é vasto como o nosso.

Eu sempre falo que o que limita nossa criatividade é o social, pois a medida que vamos crescendo nossa motivação para o desenho por exemplo modifica porque começamos a entender o que seria censura, criamos auto avaliação e percebemos em comparação com o desenho de outras crianças ou adultos o que seria mais aceitável, bonito, mais adequado socialmente e a partir disso somos condicionados a deixar aos poucos de desenvolver a criatividade, ou seja, o social faz com que percamos nossa espontaneidade, características natural em nós. Aliás, para mim, criatividade é sinônimo de espontaneidade.

Acontece que a criatividade é fundamental para nós seres humanos, porque dependemos dela o tempo todo, inclusive, nossa evolução dependeu muito dos insight criativos para desenvolver coisas novas que permitiu vivermos como vivemos hoje. Se o ser humano deixar de ser criativo a vida nesse mundo irá parar no tempo.

Com a correria do dia a dia é muito comum vermos pais que não dão ou dão pouquíssima atenção a seus filhos e isso é um grande ponto de atenção para desenvolvimento da criatividade na infância. Lembremos do processo de aprendizagem “estimulo -> resposta”, então, quanto menos incentivados, menos desenvolvidos serão no processo psicológico criativo.

Lembra quando você era criança e terminava seus desenhos e recebia de seus pais ou pessoas próximos um elogio pelo desenho que estava bonito? Então, em muitas casas no mundo isso já não acontece mais. As crianças, mesmo as menores, têm sido incentivadas a aprenderem mexer no celular, tablet, computador, ao invés de pintar, desenhar, ouvir musica, dançar, ouvir histórias, etc.

Apesar de a infância ser um momento importante para a criatividade, a maioria de nós pensa que essa fase seria a melhor idade para a criatividade, mas, já existe pesquisa que defende que dos trinta aos quarenta anos o ser humano está no ápice para a criatividade. Deve ser por isso que novas empresas tem surgido no mercado dirigida por jovens empreendedores.

Apesar da pesquisa apresentada apontar uma idade propícia para a criatividade, independente da idade que se tem o ser humano pode criar e se reinventar o tempo todo, prova disso é que inúmeras pessoas tiveram suas ideias mais criativas quando já estavam com mais idade, ou seja, quando idosas.

Mas, o que eu posso fazer para me tornar mais criativo?

A pergunta acima é muito interessante porque existem pessoas que se intitulam mesmo como sendo não criativas, por isso, cito as formas abaixo que são simples, não dependem de dinheiro em grande parte, mas que faz toda diferença na vida para que tenhamos inspiração e nos ajude nesse processo:

* Assista filmes: Todo filme tem histórias, comportamentos diferentes, culturas diferentes e isso nos ajuda a pensar e ver as coisas na vida de uma forma diferente;

* Leia livros, revistas e jornais: Existem pessoas que não gostam de ler, por isso, uma dica importante é escolher um assunto em que você se interesse bastante e inclusive pode utilizar as redes sociais para esse tipo de atividade. Além disso, também existem os jornais online que muito nos ajudam pela facilidade da leitura através do celular📱;

* Acesse sites de piada: Rir na vida é muito importante e esta aí a Psicologia positiva para provar isso, então, navegue em sites de piadas, compartilhe com seus amigos, ria delas juntos, pense em como essa piada poderia ser diferente e ao mesmo tempo engraçada. Compare a piada com atividades e comportamentos do dia a dia;

* Faça teatro: É isso mesmo que você leu, entre em ação. Não precisa se matricular em uma escola não, passe a imitar alguns comportamentos que você acha engraçado, e ou pessoas próximas. Uma forma bastante interessante de fazer isso é brincando com crianças, mude os papéis, um dia você pode ser o pai e no outro o filho;

* Brinque com os filhos: Se tiver filhos separe momentos para brincar com eles, entre na casa de boneca da sua filha, seja filha dela por um dia, desenhe com eles no chão.

* Faça uma atividade física: Caminhe, ande de 🚲, patins, skate, etc. Nas atividades físicas são liberadas serotonina que é a química do bem estar, logo, você se sentir melhor e isso o ajudará no processo criativo.

* Mude trajetos: Vá para o trabalho por caminhos diferente.

Enfim, infelizmente a criatividade não é desenvolvida nas escolas, por isso, precisamos aproveitar o que há de melhor no mundo para nos tornarmos cada dia mais livres, espontâneos, ou seja, cada dia mais humanos criativos. O grande desafio é reencontrar a espontaneidade e conseguir conciliá-la com o social.

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Maicon Moreira
Maicon Moreira
Psicólogo (CRP 05/54280), Doutorando e Mestre em Psicologia pela UFRRJ e Especialista em Psicoterapia Cognitiva. É leitor autodidata da obra do psiquiatra Carl Gustav Jung. Tem interesse nos seguintes temas: Psicoterapia Cognitiva, Psicologia Analítica, Violência Psicológica, Saúde Mental, Memória Social, e Formação do Masculino. Trabalha como psicoterapeuta utilizando abordagem integrativa em atendimentos Online (videoconferência).

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