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Imagem de stokpic por Pixabay.

Imagem de S. Hermann & F. Richter por Pixabay

Quando eu tinha 17 anos, já no final do ensino médio, eu conheci o Rodrigo e desde o começo senti que algo seria especial… Entre nós tudo se conectava, com apenas um olhar a gente se entendia… Através de cada palavra, cada toque, eu sentia que tudo fazia muito sentido entre nós e minha intuição confirmava que ele ficaria pra sempre em minha vida… Eu só não sabia que isso seria uma verdade…

Meu nome é Fabiana, tenho 39 anos, sou casada, tenho 01 filha e trabalho como nutricionista. Hoje eu vou relatar pra vocês minha primeira história de amor, de fato, um amor pra recordar.

Como eu falei, eu conheci o Rodrigo quando estávamos concluindo o ensino médio. Nós nos conhecemos meio que por acaso, a gente se esbarrou no ônibus quando voltávamos pra casa e foi amor a primeira vista. Na época nós dois tínhamos 17 anos…

Passado pouco tempo já estávamos namorando. Aconteceu tudo com formalidade, ele foi em minha casa, se apresentou pros meus pais, pediu pra namorar, etc. Foi um momento mágico pra mim. Parecia que eu sonhava acordada… Nós fazíamos planos, sonhávamos em nos casar, éramos carinhosos um com o outro, e tivemos nossa primeira experiência sexual durante esse namoro. Eu nunca tinha me apaixonado por ninguém antes do Rodrigo chegar.

Apesar de nos entendermos bem, nessa época ainda éramos imaturos, eu principalmente. Lembro que nosso término aconteceu justamente por essa questão. Eu não subi lidar com conflitos e preferi terminar. Na verdade, eu não conseguia lidar com críticas, em minha casa isso acontecia demais e eu me sentia muito mal. Apesar de Rodrigo ser super carinhoso comigo, ele era alguém crítico, tinha um lado racional aflorado e falava às vezes sem pensar nas consequências emocionais que sua fala poderia causar no outro.

Assim, não deu outra, quando completaríamos 2 anos de meio juntos, o Rodrigo criticou uma fala minha e eu fiquei arrasada. Naquele momento eu não me senti amada. O sentimento era o mesmo que eu sentia quando meus pais me acusavam de algo ou criticava meu comportamento. A dor foi forte a ponto de eu não conseguir pensar bem no acontecimento. Lembro apenas de pensar “Eu não quero alguém assim na minha vida”. Naquele momento parecia que a melhor decisão era parar com tudo, então eu o chamei até o portão e terminei o relacionamento.

Imagem de Foundry Co por Pixabay

Logo depois meu mundo acabou. Ele foi embora e junto foi um pedaço do meu coração. Fiquei com um dúvida infernal se aquilo era ou não o melhor a se fazer. Tive medo de estar errando e perder o amor da minha vida. 

Eu chorei por uma semana sem parar. Procurei ajuda na igreja, na minha família, entre meus amigos, e nada aliviava aquela dor. Eu sofri assim por uns 03 meses e depois desse tempo conheci meu marido e decidi investir na relação pra esquecer o Rodrigo. Meu marido é alguém especial, ele despertou outros sentimentos em mim e assim conseguiu fortalecer nossa relação e nossa vida.

Acontece que hoje, depois de quase 19 anos de tudo isso, o Rodrigo não sai da minha cabeça e eu estou simplesmente desapontada comigo mesma. Dia após dia eu me vejo acompanhando a vida dele, entro nas redes sociais, leio todos os comentários que fazem nas fotos dele, meu coração dói quando vejo uma mensagem que julgo ser de uma namorada. Até hoje ele não se casou.

Eu amo meu marido, de verdade, mas essa história com o Rodrigo parece que não foi superada, eu não sei explicar… é um amor diferente, me angustia, me entristece, ao mesmo tempo me dá esperança de um futuro diferente… literalmente foi um amor pra recordar. 

 

Nenhum de nossos contos retrata o caso de algum paciente atendido por nós. Trata-se de uma ilustração da vida cotidiana, de histórias que motivam pessoas a procurarem terapia/psicoterapia.

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Maicon Moreira
Maicon Moreira
Psicólogo (CRP 05/54280), Doutorando e Mestre em Psicologia pela UFRRJ e Especialista em Psicoterapia Cognitiva. É leitor autodidata da obra do psiquiatra Carl Gustav Jung. Tem interesse nos seguintes temas: Psicoterapia Cognitiva, Psicologia Analítica, Violência Psicológica, Saúde Mental, Memória Social, e Formação do Masculino. Trabalha como psicoterapeuta utilizando abordagem integrativa em atendimentos Online (videoconferência).

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